O peso do trauma de Kami
O início do capítulo de quarta-feira, 24 de setembro, mergulha o telespectador numa atmosfera densa de vulnerabilidade. Kami ainda está processando o impacto psicológico do crime que sofreu nos últimos dias, e a série não poupa detalhes da dor que ela carrega. Cada olhar, cada silêncio dela revela como o trauma pode se infiltrar nos pequenos gestos do cotidiano, afetando suas relações no trabalho e em casa.
A escritora da novela dedica tempo para mostrar o caminho de recuperação de Kami, trazendo à tela sessões de terapia, diálogos com amigos que tentam oferecer apoio e momentos de introspecção onde ela revê o que aconteceu. Essa abordagem humaniza a personagem e levanta questões sobre a importância de reconhecer e tratar o sofrimento psíquico, tema ainda pouco explorado em novelas da grade das 20h.
Enquanto isso, o drama interno de Kami encontra reflexos nas interações com os demais personagens. Seu chefe, que antes era um aliado, começa a questionar a capacidade dela de cumprir prazos, gerando uma pressão extra que ameaça agravar seu estado emocional. A série, assim, cria um ponto de tensão que prende a atenção do público, que acompanha ansioso se Kami encontrará forças para rever seu futuro.
Reviravolta nas ações e disputa de poder
Em paralelo ao sofrimento de Kami, a trama avança em um dos eixos mais aguardados pelos seguidores: a disputa empresarial. Vivian, sócia influente, faz um anúncio decisivo a Rosa, comunicando que a transferência de participações acionárias para Sofia está pronta para ser efetivada. Essa jogada altera drasticamente o equilíbrio de poder dentro da companhia familiar, colocando Sofia em posição de destaque e, consequentemente, despertando suspeitas e ressentimentos.
Rosa, que sempre manteve um perfil mais discreto, vê na proposta de Vivian a oportunidade de se libertar de um impasse financeiro que a prendia ao passado. Porém, ao mesmo tempo, ela entra em um território de incertezas, pois a nova estrutura acionária pode abrir brechas para rivalidades internas. O roteiro insere, nesse ponto, um debate sobre governança corporativa, herança de negócios e a influência de decisões familiares no mundo dos negócios.
Abel, outro personagem de destaque, aparece como o mediador quando uma briga entre Leo e outro associado estoura no corredor da empresa. A confusão é interrompida por Abel, que, com firmeza, impõe a ordem e tenta dissipar a tensão. Sua intervenção não só evita um possível desdobramento violento, como também demonstra seu papel de conciliador, alguém que busca manter a coesão do grupo diante de conflitos latentes.
Essa cena de ação se entrelaça com a trama de Kami ao mostrar que, tanto no âmbito pessoal quanto no corporativo, a série continua a explorar o impacto das escolhas individuais sobre o coletivo. O público acompanha o desenrolar dos confrontos, ansioso por ver como as alianças se reorganizarão após a mudança de controle acionário.
O episódio finaliza sem fechar definitivamente nenhum dos arcos, mantendo o suspense e alimentando a expectativa para a próxima semana. O tratamento equilibrado entre dor psicológica e estratégias de poder faz de Dona de Mim um exemplo de narrativa que une emoção e intriga, mantendo os telespectadores colados à tela.