O apaixonante embate entre Sporting CP e Benfica, duas das mais tradicionais equipes do futebol português, resultou em um dos jogos mais memoráveis da temporada. Na penúltima rodada da Primeira Liga 2020-21, os Leões, conhecidos pela sua defensiva resistência, visaram manter a reverenciada invencibilidade de 32 jogos. No entanto, a visita ao Estádio da Luz trouxe uma reviravolta inesperada, com o resultado de 4-3 em favor do Benfica.
Um início eletrizante no Estádio da Luz
Desde o apito inicial, estava claro que o jogo seria muito mais do que um simples confronto. Ambos os times mostraram-se agressivos desde cedo, e a primeira emoção ocorreu logo aos 12 minutos. Uma jogada infortunada de Nuno Mendes levou o Benfica a frente, com um gol atribuído a Haris Seferovic, na sequência de um cruzamento virado para as próprias redes.
O Sporting, sempre rápido a reagir, não desperdiçou tempo e igualou apenas três minutos depois. Pedro Gonçalves, artilheiro nata do clube, mostrou por que é um dos nomes mais falados da Primeira Liga ao marcar e dar nova vida aos Leões. No entanto, o equilíbrio do placar não durou muito.
Benfica retoma a liderança
Com um time sedento por vingança após perder o campeonato para seus rivais, o Benfica não se deixou abalar pelo empate. A determinação dos Encarnados logo se traduziu em mais dois gols no primeiro tempo. Aos 24 minutos, Pizzi fez 2-1 num lance brilhantemente orquestrado. E aos 37, Lucas Veríssimo ampliou a vantagem, levando os adeptos benfiquistas ao êxtase.
Do outro lado, o Sporting enfrentava um desafio incomum ao ter de lidar com jogadores ausentes-chave como João Mário e João Palhinha, notadamente ausentes da equipe inicial. A falta destes pilares foi sentida, uma vez que o meio-campo do Sporting lutava para controlar a partida da maneira habitual.
Reação feroz do Sporting na segunda parte
A segunda metade do jogo viu o Sporting aumentar em intensidade e propósito. Demorou até 62 minutos para que Nuno Santos ressuscitasse as esperanças dos Leões, encurtando a diferença para 3-2. Este gol reenergizou a equipe, propulsionando-os numa busca frenética por um resultado salvador.
Com o tempo se esgotando, Pedro Gonçalves reafirmou seu estatuto de estrela ao converter uma penalidade aos 78 minutos, trazendo o Sporting de volta à partida e aumentando a tensão no Estádio da Luz. No entanto, apesar da exibição resiliente, o tempo estava contra o Sporting.
Conclusão dramática com recordes quebrados
Os minutos finais foram um turbilhão de emoções para ambas as equipes. O Benfica, consciente de que um deslize poderia custar caro, defendeu com unhas e dentes a vantagem. O Sporting, por sua vez, continuou a pressionar até o último apito, mas não conseguiu encontrar o gol decisivo que perpetuaria sua invencibilidade.
Ao final da partida, os Leões ainda se mantinham no topo da tabela, mas com uma vantagem reduzida a apenas um ponto sobre o segundo colocado Porto, que ainda teria um confronto contra o Rio Ave mais tarde naquela noite. As suas esperanças de título continuavam intactas, embora com uma pressão renovada.
Esta partida não só trouxe um fim ao notável recorde de invencibilidade do Sporting, mas também reafirmou a capacidade do Benfica em se destacar nos momentos cruciais. Para os adeptos, foi uma lembrança vívida da paixão e imprevisibilidade que são sinônimos do derby de Lisboa. As discussões sobre as táticas, escolhas de jogadores e o impacto psicológico deste jogo épico continuarão a dominar as conversas nas ruas de Lisboa e por todo o país.