Boeing 787 – o Dreamliner em detalhes

Se você já viu um avião grande nas telas ou nos aeroportos, provavelmente estava olhando para um Boeing 787, também conhecido como Dreamliner. Ele foi pensado para ser mais leve, consumir menos combustível e oferecer conforto para quem viaja. Vamos entender como ele funciona e por que tantas companhias aéreas escolheram esse modelo.

Características técnicas e conforto

O 787 usa materiais compostos em mais da metade da estrutura. Isso deixa o avião mais leve e ajuda a reduzir o gasto de combustível em até 20 % comparado a modelos mais antigos. O motor, geralmente o Rolls‑Royce Trent 1000 ou o General Electric GEnx, também é mais silencioso, o que melhora a experiência a bordo.

Dentro da cabine, a pressão é ajustada para um nível equivalente a 6.000 pés, em vez dos 8.000 pés típicos. O efeito é que os passageiros sentem menos cansaço e a diferença na pressão do ouvido diminui. A iluminação de LED pode mudar de cor ao longo do voo, ajudando a regular o relógio biológico.

Os assentos são mais largos e oferecem mais espaço para as pernas, principalmente nas versões 787‑9 e 787‑10, que têm fuselagem mais longa. Além disso, as janelas são 30 % maiores que as de aviões convencionais, deixando mais luz natural entrar.

Versões, operadores e futuro

Existem três versões principais: 787‑8, 787‑9 e 787‑10. O 787‑8 tem cerca de 57 m de comprimento e pode levar até 242 passageiros. O 787‑9 é um pouco maior, com capacidade para até 290 pessoas, e o 787‑10 chega a 330 passageiros, sendo o mais longo da família.

Companhias como a LATAM, a United, a Air Canada e a ANA já operam o Dreamliner em rotas de longa distância. Elas usam o avião para ligar cidades que antes precisavam de duas escalas, graças ao alcance de até 14.800 km da versão 787‑9.

O futuro do 787 parece firme. Boeing está trabalhando em melhorias de aerodinâmica e em motores ainda mais eficientes. Enquanto isso, o mercado de voos regionais de longo alcance continua crescendo, e o Dreamliner se encaixa bem nesse cenário.

Se você está pensando em viajar e quer mais conforto, vale a pena conferir se o seu voo será operado por um Boeing 787. A combinação de economia, tecnologia e bem‑estar faz dele uma escolha popular entre passageiros e companhias.

Falha simultânea nos motores é destaque em relatório preliminar do acidente fatal com Boeing 787 na Índia

O relatório preliminar sobre o acidente do Boeing 787 da Air India em Ahmedabad destaca falha nos dois motores como fator-chave para a tragédia que causou 260 mortes. O documento ainda aponta confusão na cabine sobre corte de combustível e investiga as causas do inédito desastre, com auxílio de autoridades dos EUA e Reino Unido.