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Crédito Imobiliário: tudo que você precisa saber

Quando você pensa em crédito imobiliário, é o empréstimo destinado à compra, construção ou reforma de um imóvel residencial ou comercial. Também conhecido como financiamento habitacional, ele permite que famílias realizem o sonho da casa própria sem precisar desembolsar todo o valor à vista. A maioria das pessoas não imagina que, por trás desse contrato, há um conjunto de regras, custos e benefícios que podem mudar drasticamente o valor final das parcelas.

Como funciona o crédito imobiliário na prática

O processo começa com a avaliação de crédito pelo banco, instituição financeira que concede o empréstimo. Depois de aprovada a proposta, o cliente escolhe a modalidade, como SFH (Sistema Financeiro da Habitação) ou SFI (Sistema de Financiamento Imobiliário) mais adequada ao seu perfil. Cada modalidade tem regras próprias de prazo, limite de crédito e fontes de recursos.

Um ponto que costuma gerar surpresa é a taxa de juros, o custo que o cliente paga pelo dinheiro emprestado. Ela pode ser fixa, variando pouco ao longo do contrato, ou pós‑fixada, atrelada ao CDI ou à Selic. Essa taxa, junto com o CET, Custo Efetivo Total, que inclui seguros, tarifas e impostos, define a parcela mensal que o comprador deverá pagar.

Além das taxas, o FGTS, Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, pode ser usado como parte do pagamento ou para amortizar o saldo devedor. O uso do FGTS reduz o valor financiado, o que abaixa a taxa de juros efetiva porque o risco para o banco diminui. Mas o trabalhador precisa atender a critérios como tempo mínimo de contribuição e não possuir financiamento ativo.

Outro componente essencial é o SFH, Sistema Financeiro da Habitação, que regula financiamentos com limite de até R$ 1,5 milhão e prazo máximo de 35 anos. O SFH permite que o comprador utilize recursos da Caixa Econômica Federal ou do Banco do Brasil, que oferecem condições mais favoráveis que os bancos privados em algumas situações. Quando o imóvel ultrapassa o teto do SFH, a negociação passa para o SFI, com regras diferentes de juros e garantia.

Uma curiosidade que poucos sabem: a avaliação do imóvel feita por peritos credenciados pode influenciar diretamente a taxa de juros. Imóveis bem localizados, com documentação regular e bom estado de conservação reduzem o risco de inadimplência, o que costuma resultar em descontos nas taxas. Por isso, vale a pena investir tempo na escolha do bem antes de fechar o contrato.

Para quem está preocupado com a amortização, processo de redução do saldo devedor ao longo das parcelas, o contrato pode prever duas formas principais: SAC (Sistema de Amortização Constante) ou PRICE (sistema de prestação fixa). No SAC, as parcelas diminui ao longo do tempo, enquanto no PRICE o valor da parcela fica constante, mas a composição entre juros e amortização varia. A escolha entre eles impacta o custo total do financiamento.

Se você ainda está indeciso, a melhor estratégia é simular diferentes cenários. Use calculadoras online que permitem variar a taxa de juros, o prazo, o uso de FGTS e o tipo de amortização. Compare o CET de cada proposta, pois ele revela o verdadeiro custo mensal. Não deixe de analisar as cláusulas de renegociação e portabilidade, que podem ser úteis caso as taxas do mercado mudem.

Resumindo, o crédito imobiliário recolhe três pilares: taxa de juros, prazo de amortização e uso de recursos como o FGTS. Cada um desses elementos interage com as modalidades SFH ou SFI, definindo o valor final que você pagará. Quando você entende como esses fatores se conectam, fica mais fácil escolher a melhor oferta e evitar surpresas no futuro.

Nos próximos blocos, você encontrará artigos que aprofundam cada um desses tópicos: desde a análise de taxa de juros em 2025, passando por dicas de como usar o FGTS para reduzir a parcela, até comparativos entre SAC e PRICE. Explore a lista e descubra como transformar o crédito imobiliário em um aliado na conquista da casa própria.

Lula lança crédito imobiliário de até R$ 2,25 mi para classe média

Presidente Lula e ministro Jader Filho lançam, em São Paulo, novo crédito imobiliário que permite financiar até R$ 2,25 mi com juros limitados a 12 % ao ano, beneficiando famílias de renda entre R$ 12 mil e R$ 20 mil.

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