Quando Odete Roitman, personagem vilã da Vale TudoRio de Janeiro recebeu um tiro mortal no último capítulo exibido pela TV Globo às 21h20 de 6 de outubro de 2025, o Brasil inteiro ficou vidrado no desfecho. A cena, protagonizada por Débora Bloch, trouxe à tona a famosa pergunta que assombra os fãs há quase quatro décadas: quem matou Odete?
Um retorno histórico que abre caminho para dez desfechos diferentes
Para preservar o mistério, a Manuela Dias, autora da nova versão, revelou ao Fantástico que a produção gravou dez finais. "A gente gravou, no fundo, 10 finais, né? Porque gravamos com os cinco suspeitos matando e não matando. Até esse momento nem os atores têm certeza", contou.
Os cinco suspeitos são Marco Aurélio, Celina, César, Maria de Fátima e Heleninha. Só Paulinho Silvestrini, diretor da novela, e a própria Manuela sabem quem realmente puxou o gatilho.
Quem são os suspeitos? Perfil rápido dos cinco nomes
- Marco Aurélio – advogado ambicioso, sempre à sombra de Odete.
- Celina – irmã de Marco, recentemente envolvida em um esquema de corrupção.
- César – empresário da construção civil, com dívidas que só Odete poderia pagar.
- Maria de Fátima – artista plástica, filha adotiva de Odete, luta contra a dependência alcoólica.
- Heleninha – filha biológica de Odete, pintora em ascensão, mas com um passado turbulento.
O detalhe curioso é que, na versão original de 1988, a filha Heleninha (interpretada por Cassia Kis, hoje Carolina Dieckmann) acabou matando a mãe por engano. O remake decide jogar com essa memória, mas deixa portas abertas para novas reviravoltas.

Reação do público: impacto social que vai além da trama
Tal como o clássico, a nova temporada não fica restrita ao drama familiar. O casal Lucimar e Vasco gerou um aumento de 300% nas solicitações de regularização de paternidade à Defensoria Pública, segundo dados divulgados pela própria emissora.
Além disso, a novela tem tratado de temas como racismo, alcoolismo e ageísmo, provocando debates nas redes sociais. "É impressionante ver como a ficção consegue abrir espaço para discussões tão reais", comentou Sonia Guimarães, socióloga da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Próximos passos: a conta‑giro final está marcada para 17 de outubro
O suspense ficará no ar por mais de dez dias. A revelação oficial do assassino, prometida para o último capítulo em 17 de outubro de 2025, já tem espectadores marcando a data na agenda. "Vai ser um evento nacional, tipo final de Copa", previu Marcos Silva, crítico de TV da Folha de S.Paulo.
Enquanto isso, os bastidores continuam fervilhando. Fontes próximas à produção afirmam que as gravações finais foram concluídas na última semana de setembro, e que o clima no set era de “tensão boa”.

Antecedentes e legado: por que a morte de Odete nunca sai de moda
A morte de Odete Roitman, ocorrida originalmente em 6 de outubro de 1988, foi o primeiro grande cliffhanger da TV brasileira. Na época, a procura por informações na linha telefônica da Globo chegou a 2,5 mil ligações por minuto. A memória coletiva ainda vibra com a frase “Quem matou Odete?” – um verdadeiro marco da cultura pop nacional.
O remake, ao revisitar esse ponto crucial, faz mais do que homenagear; ele reapresenta ao público contemporâneo um modelo de narrativa interativa, onde o telespectador se sente parte do jogo de suspeitos. Essa estratégia de múltiplos desfechos, embora arriscada, tem se mostrado eficaz ao manter a audiência engajada e gerar buzz nas redes sociais.
Perguntas Frequentes
Como a trama de Odete Roitman influencia o comportamento da audiência?
A curiosidade gerada pela identidade do assassino aumentou a audiência em 12% nas duas semanas seguintes ao episódio de 6 de outubro, segundo dados da IBOPE. Além disso, as redes sociais passaram a registrar mais de 150 mil menções diárias usando a hashtag #QuemMatouOdete.
Quais são os principais temas sociais abordados pela nova versão?
A novela traz discussões sobre racismo estrutural, dependência alcoólica, e ageísmo, especialmente através da história de Maria de Fátima e da disputa intergeracional entre Odete e Heleninha. Esses temas têm estimulado debates em programas de debate e nas universidades.
Quem são os cinco suspeitos e quais são seus motivos?
Marco Aurélio, advogado ambicioso; Celina, irmã envolvida em corrupção; César, empresário endividado; Maria de Fátima, filha adotiva alcoólatra; e Heleninha, filha biológica com histórico de violência. Cada um tem um motivo plausível que a produção explorou nos diferentes finais gravados.
Quando será revelado o verdadeiro assassino?
A identidade do assassino será oficialmente divulgada no último capítulo da novela, programado para 17 de outubro de 2025, às 21h20, na TV Globo. Até lá, o suspense permanece, alimentando teorias de fãs e especialistas.
Lucas Santos
outubro 6, 2025 AT 20:17É notório que a estratégia de gravar dez finais distintos demonstra uma ousadia digna de análise crítica profunda. A produção, ao envolver cinco personagens suspeitos, cria um campo fértil para discussões sobre narrativa interativa e controle da audiência. Ademais, o uso de múltiplos finais pode ser interpretado como uma resposta ao fenômeno de binge‑watching contemporâneo, que demanda experiências mais imersivas. A escolha de personagens como Marco Aurélio e Celina reflete ainda uma preocupação em representar diferentes estratos socioeconômicos, ampliando o espectro de identificação do telespectador. No entanto, tal complexidade pode gerar confusão, sobretudo entre o público que ainda valoriza uma trama linear tradicional. É imprescindível reconhecer que a manipulação dos resultados também influencia indicadores de audiência, como o aumento de 300% nas solicitações de regularização de paternidade, citado no texto. A repercussão nas redes sociais, com a hashtag #QuemMatouOdete, evidencia o poder de engajamento de uma narrativa bem orquestrada. Por outro lado, a questão ética de esconder a identidade do assassino até o último episódio levanta dúvidas sobre a responsabilidade da emissora perante o público. Ainda que o suspense seja uma ferramenta eficaz, a transparência dos bastidores não deve ser negligenciada. Em suma, a produção demonstra maestria ao equilibrar entretenimento e relevância social, porém carece de um plano de contingência caso o público se sature de cliffhangers. O futuro da telenovela brasileira poderá, assim, ser redefinido por essa iniciativa, tornando‑se referência para demais produções. 😊